quarta-feira, 13 de junho de 2007

Em dois anos, Brasil deixou de emitir mais de 400 bilhões de toneladas de gás carbônico, diz ministra

Nos últimos dois anos o Brasil reduziu em mais de 51% o nível de desmatamento em suas florestas, deixando de emitir no período cerca de 430 bilhões de toneladas de gás carbônico (CO2). A informação é da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em discurso nesta semana no Teatro Amazonas, durante a solenidade de lançamento do Centro de Excelência Ambiental da Petrobras na Amazônia.
Dentro da Semana do Meio Ambiente, a ministra destacou que a redução corresponde a 15% do volume de emissões que os países ricos - que respondem por 80% desses fatores que levam ao aquecimento global - teriam de reduzir as emissões de CO2 que levam ao aquecimento do planeta - teriam que reduzir.
Para que isto fosse possível, ainda de acordo com Marina Silva, foi necessária a implementação de um plano que envolve 13 ministérios e o apoio dos governos estaduais, da sociedade civil, Polícia Federal e Exército. "É uma contribuição muito grande e, para que obtivéssemos êxito, tivemos que desconstituir 1.500 empresas criminosas; tivemos que inibir 1.066 mil propriedades de grilagem; apreender 90 mil metros cúbicos de madeira e prender 500 pessoas envolvidas em crimes ambientais - inclusive 116 servidores do Ibama que faziam a vergonhosa tarefa de misturar o trigo com o joio", afirmou.
A ministra lembrou ainda que o Brasil possui um diferencial favorável à preservação do meio ambiente, quando comparada a sua matriz energética com a de outros países do mundo: "O Brasil tem 45% de sua matriz proveniente de energia limpa, enquanto os países ricos têm apenas 6% e outros paises em desenvolvimento, apenas 13%. Essa é uma vantagem diferencial fantástica".
Em 2013, acrescentou, o Brasil estará produzindo cerca de 30 bilhões de litros de etanol sem precisar agredir o meio ambiente, "porque tem 300 milhões de áreas agricultáveis, 51 milhões de terras em repouso, e para essa produção não teremos que derrubar árvores, utilizaremos apenas mais 3 milhões de hectares". Segundo a ministra, "isso significa que poderemos produzir biocombustíveis recuperando nascentes e áreas de preservação permanente e, ainda por cima, promovendo a inclusão social".
A ministra alertou, porém, que o país deve promover o desenvolvimento econômico, e crescer sem pressa ou agressão ao ecossistema: "A gente hoje sabe que o custo de não fazer direito é bem maior que o de fazer as coisas corretamente".

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